O hábito de buscar referências na língua materna pode ser uma das principais armadilhas no aprendizado de um novo idioma.

Embora a língua inglesa esteja presente em boa parte do mundo por meio da internet, livros, filmes e séries, para muitas pessoas a compreensão do idioma ainda é um bicho de sete cabeças. Por esse motivo, é comum ouvir queixas durante as aulas como “não consigo aprender inglês” ou “inglês não é para mim”.

As dificuldades durante o contato com o novo idioma são os principais motivos que levam as pessoas a desistirem do aprendizado. Mas quais são elas e será que é possível contorná-las para seguir com os estudos?

Neste conteúdo vamos mostrar como a prática do inglês é usada para vencer obstáculos na escrita e na pronúncia. 

Dificuldades mais comuns ao aprender inglês

As motivações que levam uma pessoa a querer aprender um novo idioma são várias, seja para realizar uma viagem internacional, buscar um intercâmbio ou até mesmo para utilizar o inglês in company. É preciso ter em mente que, ao iniciar os estudos, é normal encontrar dificuldades, afinal, é um caminho desconhecido que certamente trará algumas dúvidas. 

Além do excesso de cobrança, que atinge muitos estudantes ao iniciar os estudos, e da referência da língua materna, existem ainda dificuldades específicas bastante recorrentes para quem está aprendendo um novo idioma. Elas podem aparecer durante a escrita, a leitura, como também nas aulas de conversação em inglês.

Dificuldades na escrita

O contato com uma nova ortografia nunca é algo simples. Além de precisar entender as normas gramaticais do próprio idioma, agora também é preciso compreender as regras de outra língua. 

Por ter uma história repleta de influência de diversas culturas, o inglês acaba possuindo uma escrita mais complexa, o que muitas vezes pode atrapalhar o aprendizado. 

A diferença da língua materna é o que mais causa dificuldade para os estudantes brasileiros, principalmente pelo fato da origem do português ser o latim e do inglês ser o anglo-saxão. Essa disparidade causa impactos no som, na escrita e na estrutura do idioma. 

A principal dica para quem tem dificuldades com a escrita é ampliar o vocabulário por meio da leitura. Consumir conteúdos em inglês pode ajudar bastante a conhecer novas palavras e expressões. 

Reportagens em jornais, artigos em revistas, livros, legendas de séries e filmes e até mesmo publicações nas redes sociais podem facilitar o aprendizado. 

Dificuldades na pronúncia

Pela mistura do anglo-saxão com outros idiomas e culturas, o inglês difere-se do português não apenas na escrita mas também na pronúncia. Se desprender do habitual idioma materno e precisar falar palavras de uma outra forma é uma dificuldade recorrente entre os estudantes. 

Esse fator, principalmente nos primeiros níveis, pode trazer ainda mais cobrança e fazer com que os alunos se sintam incapazes de prosseguir com os estudos. 

Nesses casos, o ideal é treinar! Por mais óbvio que pareça, quanto mais se pratica, mais se aprende. A prática leva à perfeição, lembra? 

Ler em voz alta, gravar a própria voz e se ouvir ajudam a melhorar a pronúncia. Você também pode tentar cantar músicas em inglês, acompanhando a letra, para perceber como os nativos articulam sons de vogais e consoantes.

Acompanhar professores nativos de inglês nas redes sociais e no Youtube também pode ser de grande valia. Muitos também falam português o que facilita para estudar questões pontuais como a pronúncia do th, por exemplo.

O domínio da língua inglesa traz diversos benefícios e algumas dicas podem ser úteis para quem quer evoluir no aprendizado

 

O conhecimento em um novo idioma é um diferencial em qualquer currículo e um pré-requisito para quem deseja conquistar uma carreira internacional promissora. No entanto, aprender inglês ou qualquer outra língua requer dedicação e constância, afinal, quem nunca ouviu a famosa frase que a prática leva à perfeição? 

Além de estudar no curso ou ter o auxílio de um bom professor de inglês particular para ajudar a entrar no universo dessa nova língua, algumas atividades são fundamentais para fixar as novas informações e chegar cada vez mais perto da tão sonhada fluência. 

É preciso ter em mente que treinar um novo idioma é uma tarefa que vai muito além da sala de aula. Seja para aperfeiçoar a leitura, a escuta ou a conversação em inglês, as palavras e as expressões devem ser incorporadas no dia a dia de forma natural, através de séries, livros, programas de TV, anotações ou mapas visuais, por exemplo. 

 

Aprender inglês: por onde começar? 

 

Embora pareça simples, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre como começar a aprender inglês ou introduzi-lo no cotidiano para treinar o idioma. De acordo com a fundadora, gestora e professora da Ruby Academy, Roberta Falcão, um fator importante e primordial é entender que cada pessoa tem um estilo diferente de estudar e o que dá certo para um, nem sempre surte resultado em outro. 

De modo geral, existem três maneiras principais de estudar: a visual, a auditiva e a sinestésica. “O autoconhecimento é fundamental na abordagem aos estudos de inglês. Saber aquilo que você gosta de estudar e como você melhor absorve conteúdo é fundamental para trazer leveza nesse processo”, ressalta Roberta. 

Visual 

Pessoas que possuem o estilo de estudo visual são aquelas que guardam informações a partir do estímulo visual, como um vídeo, uma imagem, livros, mapas visuais e tabelas, por exemplo. Segundo Roberta Falcão, uma técnica que pode funcionar para essas pessoas é a paused repetition – em tradução livre, repetição pausada. 

“Funciona assim: você viu uma palavra nova, por exemplo, thrive, então após seu primeiro contato, você vai precisar ‘ver’ essa palavra novamente. Segundo alguns estudos, chegou-se à conclusão de que a repetição pausada segue o seguinte espaçamento de tempo: oito horas após a primeira vez que você viu a nova palavra ou idioma, 24 horas após, oito dias após e 30 dias após. Essa repetição precisa seguir os critérios acima e muitos alunos anotam no próprio calendário do smartphone para lembrar”, explica a professora. 

Auditivo

A forma auditiva de estudo contempla as pessoas que aprendem melhor por meio da audição. Uma dica é ler conteúdos de inglês em voz alta para compreender melhor e fixar a informação na mente. Roberta também indica a técnica paused repetition para essas pessoas. 

Se você aprende melhor através da audição, é interessante gravar conceitos-chave. Você pode e deve continuar a usar o calendário do celular, mas em vez de escrever a palavra, você vai somente colocar um lembrete para ouvir a gravação que você mesmo fez com o termo novo”, pontua. 

Sinestésico

Pessoas que preferem a forma sinestésica de estudo gostam de usar o tato para aprimorar a prática no idioma. Podem compreender melhor escrevendo o conteúdo estudado ou até se movendo enquanto fixam a matéria.  

“Aprendizes cenestésicos amam se mexer, então variar de posição ou andar enquanto aprendem vai ajudar a focar na memorização. Nesses casos, escutar um podcast em inglês, enquanto se lava a louça, é uma excelente opção. Aqui você pode optar por ouvir as palavras novas enquanto vai para academia. Que tal?”, aconselha Roberta.

Dicas de como treinar inglês em casa

Embora existam três modelos de aprendizagem, a professora ressalta que algumas pessoas também podem possuir um “mix” nas formas de estudo, podendo ter dois ou três variando de acordo com o dia, humor e energia disponível no momento de treinar o idioma. 

Segundo Roberta Falcão, uma das grandes aliadas para treinar o inglês em casa é a internet. “Ter acesso à internet hoje significa chances infinitas de ver, ouvir, ler e até falar em inglês, ainda mais com o mar de recursos gratuitos ou até com preços módicos”, considera.

Uma sugestão é trazer a metodologia ágil para os estudos a fim de otimizar o tempo e organizar as atividades. “O diferencial dessa ferramenta é empregar o conceito de que só se inicia uma atividade quando a outra está finalizada. Aplicando para o ensino de inglês, a gente só inicia um novo tópico quando o anterior já estiver assimilado. Por exemplo, ensinar o tempo verbal do simple past (passado simples) somente quando o aluno já assimilou os tempos verbais do presente (present simple e present continuous).”

Depois de entender quais são as formas de aprendizagem e conferir algumas sugestões para otimizar o tempo de estudo, vamos algumas dicas! 

Escreva tarefas do seu dia em inglês 

Trazer o idioma para o dia a dia é uma ótima forma de treinar o inglês. Que tal anotar as tarefas do dia a dia e aproveitar para incrementar o vocabulário? Fazer anotações como “I need to go to the bank” ou outras ações simples do cotidiano pode ajudar a fixar o vocabulário e aperfeiçoar o writing.

Assista filmes e séries 

Uma forma bem simples de treinar o inglês é através de filmes, séries e até desenhos animados. “O ideal é começar com histórias já conhecidas para facilitar o entendimento do idioma. Colocar as legendas em inglês também ajuda a entender o que está sendo falado, assim é possível treinar tanto o listening quanto o reading, o que auxilia na conversação. Uma dica é anotar todas as palavras novas que forem surgindo, dessa forma o vocabulário também aumenta”, orienta Roberta.

Escute músicas ou podcasts em inglês 

Escutar músicas e podcasts em inglês também é uma forma de treinar o idioma. É possível ouvir enquanto acompanha a tradução para fixar as palavras e compreender um pouco mais sobre a pronúncia de cada uma delas. Essa dica é ótima para pessoas auditivas e sinestésicas, por exemplo, pois podem estudar enquanto praticam outras atividades. 

Leia livros ou notícias em inglês 

A leitura de livros ou de portais de notícias em inglês auxilia na busca por novos vocabulários. A dica para compreender melhor o texto é encontrar livros que estejam no seu nível de conhecimento do idioma. Dessa forma, é possível perceber como as frases são formadas, conhecer palavras novas e ficar muito mais perto da fluência. 

Siga influenciadores internacionais 

Que tal usar as redes sociais para treinar o inglês? Acompanhar influenciadores ou celebridades internacionais nas plataformas digitais ajuda a praticar o listening e o reading. Atualmente existem influencers de diversos assuntos, como moda, beleza, games, literatura e entre outros. Escolha o tema que mais lhe agrada e amplie o vocabulário enquanto confere suas preferências sobre assuntos específicos. 

Também é interessante acompanhar a interação dos influenciadores com outras pessoas, em lives por exemplo, o que pode ajudar a compreender melhor como funciona a conversação em inglês. 

 

Roberta Falcão: Mãe do Natan, fundadora, gestora e professora na Ruby Academy (@rubyacademyingles), um curso de inglês com foco em Business English tendo como pilares a personalização, humanização e inclusão a comunicação assertiva da língua inglesa. Economista na última encarnação. Amo ler, educação, línguas e sonha com um mundo verdadeiramente conectado com inclusão.

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